Cresce o número de profissionais no Brasil que trabalham por meio de plataformas digitais.
O crescimento do teletrabalho, fenômeno observado durante e após a pandemia, é um dos
fatores que impulsiona esse tipo de atividade.
As plataformas digitais de trabalho são uma parte específica da economia digital. Elas
conectam trabalhadores a empresas e clientes e têm assumido uma importância crescente na sociedade.
Ainda que possam se apresentar apenas como intermediárias entre clientes e fornecedores
individuais, com frequência as plataformas digitais organizam a alocação do trabalho e a
remuneração dos trabalhadores com uso de algoritmos, que buscam as pessoas por meio das competências que estas desenvolveram e conseguem visibilizar no mundo digital.
As plataformas de trabalho online são aquelas nas quais as tarefas são executadas com uso
da Internet e remotamente por trabalhadores, incluindo trabalhos freelance nas áreas jurídica, de tradução, serviços de TI e programação, consultas médicas online etc., além de tarefas específicas(microtasks), tais como moderação de conteúdo, transcrição de vídeos etc. Além das plataformas digitais de trabalho (serviços), há outras categorias de plataformas digitais, incluindo as de comércio eletrônico, de mídia social, de comunicação, entre outras.
De um total de 2,1 milhões de pessoas de 14 anos ou mais de idade ocupadas que
trabalhavam com plataformas digitais, no 4º trimestre de 2022, 13,2% (197 mil pessoas) atuavam com aplicativos de prestação de serviços gerais ou profissionais.* Esse é um contingente de profissões e profissionais que tem crescido em todo o mundo.
A tendência é que, em pouco tempo, mutas pessoas mesclem trabalhos presenciais com
atividades profissionais online mediadas por plataformas.
Arquitetos, engenheiros, designers, publicitários, jornalistas, contadores, administradores,
profissionais liberais e até cargos executivos C-Level têm crescentemente passado a trabalhar com a mediação de plataformas digitais.
Os outros quase dois milhões de pessoas registrados pelo IBGE* trabalhavam com
aplicativos de táxi, aplicativos de transporte particular de passageiros (exclusive aplicativo de táxi) e aplicativos de entrega de comida e outros tipos de produtos.
Embora não seja um fenômeno novo, nos últimos anos, principalmente com o advento da
pandemia de COVID-19 e a necessidade de isolamento social para redução da disseminação do vírus, o teletrabalho se tornou mais relevante na organização do trabalho.
Devido a melhorias tecnológicas e à crescente demanda por flexibilidade, à redução de
custos e tempo de deslocamento, assim como outros benefícios, essa modalidade ganhou espaço ao redor do mundo.
As plataformas digitais de trabalho têm oferecido oportunidades de geração de renda para
muitos trabalhadores, permitido que empresas alcancem novos mercados e reduzam custos. Por outro lado, elas também representam um importante desafio, especialmente no que se refere às condições de trabalho que, em muitos casos, trazem problemas sérios de precarização.
As escolas e instituições de ensino superior precisam estar atentas para o fato que as novas
gerações de trabalhadores passarão, cada vez mais, a trabalhar por meio de plataformas digitais, seja como principais fontes de geração de renda ou de forma complementar a um salário principal. E que as competências pelas quais conseguirão as melhores oportunidades precisam estar digitalmente visíveis, armazenadas com segurança e com tecnologia que permita uma interoperabilidade entre diferentes sistemas que vão buscar profissionais.
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- IBGE. Teletrabalho e trabalho por meio de plataformas digitais 2022. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD Contínua 2022. Brasília: IBGE, outubro 2022.
